Mato Grosso: Casal discutiu sobre escatologia antes do crime de facadas
A delegada Renata Evangelista, responsável pelo caso, revelou que o casal teve uma discussão significativa um dia antes do crime. A fonoaudióloga Ana Paula Abreu Carneiro, de 33 anos, foi morta a facadas pelo marido Lucas França Rodrigues em Sinop (MT). Segundo a delegada, essa discussão envolvia escatologia, estudo teológico que trata dos últimos eventos na história do mundo ou do destino final da espécie humana.
De acordo com a delegada Renata Evangelista, em depoimento, Lucas afirmou que estudava escatologia e que a discussão com Ana Paula ocorreu porque ela não concordava com a doutrina e nem com o envolvimento dele com esse tipo de estudo. A polícia investiga se essa seria a motivação do crime. Eles tiveram essa discussão e a prática do crime se deu no dia seguinte. Lucas não conseguiu ou não quis explicar o porquê disso, relatou.
Além da discussão sobre escatologia, a delegada também destacou que há outros aspectos importantes na investigação. A polícia está analisando as declarações do casal e procurando entender melhor os motivos que levaram ao crime. O objetivo é descobrir se o envolvimento de Lucas com a doutrina da escatologia foi um fator determinante para o crime.
O pai do suspeito compareceu à delegacia, em Sinop, a 503 km de Cuiabá, onde entregou um laudo médico atestando que Lucas é diagnosticado com esquizofrenia. Além disso, ele relatou ainda que o investigado já passou por clínica psiquiátrica nos anos anteriores à data do crime. Esse fato pode ser uma pista importante para a polícia e pode influenciar na direção da investigação.
A delegada Renata Evangelista destacou que a investigação está em andamento e que ainda há muitas informações a serem coletadas. A polícia trabalha incansavelmente para descobrir os motivos do crime e trazer a justiça para as vítimas e suas famílias. O caso é um lembrete da importância de investigar todos os aspectos que podem ter contribuído para o crime, incluindo fatores psicológicos e sociais.
A polícia está trabalhando em estreita colaboração com a comunidade local para coletar informações e testemunhos. A população é solicitada a fornecer qualquer informação relevante que possa ajudar na investigação. A polícia promete manter a comunidade informada sobre os progressos da investigação e buscar a justiça para as vítimas.
