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Rowles utilizou proximidade com outras organizações criminosas para eliminar concorrência no tráfico

O lobista e empresário Rowles Magalhães, preso no âmbito da Operação Descobrimento por tráfico internacional de drogas, teria utilizado a sua proximidade com outras organizações criminosas para eliminar a concorrência no tráfico de drogas para a Europa. A informação consta na denúncia do Ministério Público Federal (MPF), ao qual o Única News teve acesso.

Segundo o documento, a organização de Rowles funcionou em conjunto com um segundo grupo, comandado por André Luiz Santiago Eleutério e Leonardo Costa Nobre. Leonardo é apontado como proprietário de uma locadora de veículos e também de uma aeronave, que já foi flagrada transportando 175 kg de cocaína para Portugal.

A operação de tráfico comandada por Rowles e também pelo ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), Nilton Borgato, atuava desde junho de 2020 e em pelo menos dois eventos criminosos, teriam negociado com André Luiz e Leonardo. Entretanto, a “parceria” não durou muito tempo, já que o lobista encaminhou informações à Polícia Federal sobre a atuação dos concorrentes.

“É digno de nota que Rowles Magalhães e Ricardo Agostinho se utilizaram da proximidade com outras organizações criminosas para eliminar a concorrência no tráfico de droga para a Europa. A partir da notícia da apreensão de 750kg de cocaína na Paraíba, em carregamento ligado a André Luiz Santiago Eleutério e Leonardo Costa Nobre, Rowles Magalhães envia a Delegado de Polícia Federal “uma série de dados p você ir p cima” e em seguida envia o nome dos dois criminosos, o prefixo da aeronave e o local de operação”, aponta trecho da denúncia do MPF.

A atuação dos réus foi descoberta após a apreensão de 685kg de cocaína em uma aeronave Dessault Falcon, da empresa portuguesa OMNI Aviação, em Salvador, em fevereiro do ano passado. Após a aeronave ter sido liberada e levada de volta a Portugal, a Polícia Judiciária do país foi acionada e constatou a presença de mais 90kg de cocaína, escondidos em 88 tabletes.

O MPF citou a expertise do grupo criminoso, já que mesmo após dois serviços de manutenção e duas vistorias rigorosas das autoridades brasileiras, uma nova descoberta foi realizada em Portugal, devido a instalações próximas ao carpete que estavam sem parafusos e incorretamente instaladas, o que motivou a nova inspiração.

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