Cuiabá Enfrenta Crise na Saúde com 23 Unidades Básicas de Saúde e Centros de Atendimento com Obras Paralisadas

Simon Smirnov
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Cuiabá enfrenta um desafio significativo na área da saúde, com 23 Unidades Básicas de Saúde (UBS) cujas obras estão paralisadas. A informação foi revelada pela secretária de Saúde da capital, Lúcia Helena Barboza, durante uma reunião da Comissão de Saúde realizada no dia 17 de fevereiro. Segundo a secretária, atualmente não há nenhuma UBS em reforma, o que agrava a situação do atendimento à população.

Além das UBS, a secretária também informou que quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e duas Unidades de Acolhimento Adulto e Infanto-Juvenil (UAA) estão com obras suspensas. Essa paralisação das obras compromete a capacidade de atendimento e a qualidade dos serviços de saúde oferecidos à população de Cuiabá. A falta de infraestrutura adequada pode impactar diretamente a saúde mental e física dos cidadãos.

Durante a reunião, Lúcia Barboza apresentou algumas medidas emergenciais que estão sendo implementadas para mitigar a superlotação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Entre as ações, destaca-se a ampliação dos horários de funcionamento das UBS, permitindo um atendimento mais flexível e reduzindo a pressão sobre as UPAs. Essa estratégia visa melhorar o fluxo de pacientes e garantir que mais pessoas tenham acesso aos serviços de saúde.

Outra medida anunciada foi a implementação de um atendimento por termo espontâneo, onde os pacientes que chegam às UBS serão atendidos imediatamente. Além disso, haverá um aumento no número de plantonistas durante os horários de pico, o que deve ajudar a atender a demanda crescente por serviços de saúde. Essas ações são essenciais para melhorar a experiência dos usuários e a eficiência do sistema de saúde.

A secretária também explicou que o contrato com as empresas responsáveis pela execução das obras foi encerrado após o vencimento do prazo de cinco anos, e a renovação não ocorreu. Para que as reformas sejam retomadas, será necessária a realização de uma nova licitação para a contratação de empresas. Essa situação destaca a necessidade de um planejamento mais eficaz e de uma gestão que priorize a saúde pública.

Os recursos para a continuidade das reformas estão disponíveis na Prefeitura, mas os valores exatos não foram divulgados. Lúcia Barboza afirmou que a forma mais rápida de retomar as obras é utilizar as atas já existentes para reforma. O planejamento para a conclusão das obras permanece em andamento, e a secretária se comprometeu a finalizar os projetos pendentes.

A lista das UBS com obras paralisadas inclui unidades como a UBS Real Parque, UBS Jardim Umuarama II e UBS Morada dos Nobres, entre outras. Além disso, algumas UBS estão em funcionamento, mas necessitam de reformas, como as localizadas nos residenciais Coxipó e Jardim Industrial. A situação dessas unidades é preocupante, pois a falta de manutenção pode comprometer a qualidade do atendimento.

Por fim, a UBS Jardim Passaredo teve sua construção finalizada, mas ainda precisa ser mobiliada e equipada para iniciar o atendimento. A reunião da Comissão de Saúde contou com a presença de parlamentares, incluindo Michelly Alencar, Ilde Taques e Alex Rodrigues, que discutiram a situação das unidades de saúde e a necessidade urgente de ações para melhorar a infraestrutura e o atendimento à população de Cuiabá.

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